terça-feira, dezembro 13, 2011

Cigarras e Formigas no Festival Goma

bel magnani
PERTIM, PERTIM
Sexta-feira, dia 02 de dezembro de 2011.
As Cigarras e as Formigas devidamente dentro da caixa: todas de conchinha para caber mais. "Olha, Bel! Acho que já ta bom de fita na caixa, porque mesmo quando a gente joga, assim ó, pra cima e girando, ela não abre!" Depois do teste do João, eu e Ju partimos rumo à Uberlândia. Chegamos na cidade com o dia amanhecendo. O adesivo do FDE colado no carro não nos deixava dúvidas que nossa carona tinha chegado para nos levar à Casa Verde, sede do Goma Cultural! 
 

MERCADO MUNICIPAL
Sábado, 03 de dezembro de 2011.
Fomos para o Mercado Municipal, local dos shows. Lorraine, Ju e eu, ficamos cuidando da banquinha. Aproveitamos e fizemos uma prévia da intervenção: colocamos uma cigarra e uma formiga no palco e uma cigarra na banquinha.

ALGO SE REVELA
Os shows foram muito bons. É bem legal ver o público cantando junto, ver os artistas curtindo junto com a galera. Como ficamos a maior parte na banquinha, vimos o pessoal vir procurar material de cada banda antes mesmo que o show delas acabasse! Apesar do show do Graveola com participação do Porcas e Borboletas ter sido mais curto que o desejado, quando os caras sobem no palco, de fato, algo se revela! 
 

CIGARRAS E FORMIGAS
Domingo, 04 de dezembro de 2011.
O café da manhã muito bom, com direito à pão integral caseiro com um toque de mel por sugestão do Enzo. Cigarras e Formigas à bordo! Chegamos na praça Sérgio Pacheco. Muita gente, criança, família, cachorros. Eu a e Ju, devidamente uniformizadas com a camiseta do projeto, começamos a montagem. E rapinho os insetos gigantes ocuparam algumas árvores da praça!

Com as fábulas nas mãos, eu e Ju ficamos por perto das árvores. Percebemos que a abordagem silenciosa seria a mais eficiente. Colamos as fábulas nos troncos, com o recado de LEIA-ME, LEVE-ME e outras mais insinuantes como SOU SUA. Pouco a pouco, as fábulas foram sendo colhidas pelas pessoas. É muito legal ver a reação das pessoas quando elas se deparam com os insetos gigantes, muitas se surpreendem fazendo aquela típica cara de Ué. As crianças são sempre as mais mágicas e já querem colocar a mão e sair brincando. Os adultos sempre imprevisíveis também: ouvi por 3 vezes a pergunta de quanto que custava as cigarras.

A abordagem mais significativa foi de um senhor que vendia refrigerantes e água. Perguntou da onde que tinha vindo aquilo tudo. É da sua cabeça? Sim, senhor, veio tudo da minha cabeça! Nossa, mas que coisa mais bonita, diferente né? E nos convidou para tomar uma coca lá no carrinho dele, umas 2 árvores mais para frente. Combinamos de ir mais tarde, afinal, estávamos sem dinheiro no bolso e com as cigarras para cuidar. Ele se afastou e 2 minutos depois aparece com duas latinhas de coca e canudinhos. Ficamos sem jeito, mas não aceitar seria muito mais mal educado. Se passou mais um tempo e depois ele me abordou de novo: O que você ganha fazendo isso? Você ganha alguma coisa? Momento propício para uma conversa com alto teor simbólico e filosófico, com todas as analogias e questões que concerne na própria intervenção! Pois, afinal, o que eu ganho com tudo isso?? Olhei para ele e com um sorriso disse que até então eu tinha ganhado uma coca bem gelada. Ele retribuiu meu sorriso e cada um seguiu com seu trabalho. A tarde seguiu assim, com os shows rolando, as pessoas curtindo o bom tempo... Ficamos de olho no relógio, afinal, partiríamos para Campinas naquela noite.


Fim dos shows! E fim do Festival! Mistura de alegria e tristeza ao mesmo tempo, que bom e que pena que acabou! Posamos para a foto da equipe do Festival, todos com um sorriso afivelado no rosto e leves olheiras denunciando o cansaço.

Eu e Ju recolhemos as cigarras e formigas e OPA! Não tinha uma formiga aqui? Tivemos uma baixa! Tomara que ela esteja bem (Se você tem notícias sobre ela, por favor nos mande imagens do novo lar dela! Como mães corujas, ficamos preocupadas com os filhos que partem para viverem suas próprias aventuras.) Todas de conchinha para dentro da caixa! Todas não, porque deixamos uma cigarra e uma formiga morando na Casa Verde. Aliás, eu achei um charme a sobreposição dos verdes! Coisas arrumadas, hora de partir! Vocês tem certeza que não querem ir amanhã? Dá tempo de trocar a passagem! Apesar da insistência do pessoal, resolvemos voltar. Partimos às 21h15 e chegamos às 4h10. Liguei para o Fedel que prontamente veio nos buscar com os olhinhos miudinhos de sono.

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