Ontem, após a experiência Futurível, suspendemos um dos maiores paradigmas da ciência: a nossa origem. Darwin duvida.
A tão esperada parceria Gilberto Gil + Macaco Bong rolou no auditório parque Ibirapuera, onde toda a galera Fora do Eixo estava concentrada desde as 15h, compartilhando experiências e expectativas de um futuro próximo e possível.
O show chacoalhou não só a galera que estava presente, mas muitos outros galhos por todas as partes do Brasil, já que tudo estava sendo transmitido ao em tempo real. Das várias apresentações, os primeiros a subirem no palco foi DJ Tudo e sua gente de todo lugar,
cheios de energia eles percorreram macunaimicamente diversos territórios subjetivos da nossa e outras culturas através de sonoridades lamacentas provindas do mangue e que desembocaram numa espécie de mambo cheio de tonalidades caribenhas. A segunda apresentação, que na verdade não era segunda, porque todas elas aconteceram tudojuntomisturadoaomesmotempoontem, foram os simpaticíssimos senhores
do Princesa do Agreste, cuja presença ecoava raízes populares do norte, mais especificamente de Recife, com seus grupo de pífanos estridentes e uma banda animadamente percursiva. Seria impossível não citar o VJ Scan, que hipnotizou toda a plateia e ampliou as experiências sensitivas com suas projeções que ocupavam todo o palco e duraram do começo ao fim desse encontro histórico.
Aí então era a hora do Gil e seus três macacos ocuparem o palco. Macaco Bong subiu e soltou aquele peso do som de suas ferramentas enquanto Gil onomatopeizou cada intervalo de silêncio, chamou o público na chincha pedindo para que todos cantassem juntos as canções lá da tropicália (ou um pouco antes, ou um pouco depois) que nós, apesar de já conhecê-las, nos impressiou pelas doces barbaridades refeitas e rarefeitas que velejaram por vias parabólicaramas e se encontrarão com aquele mesmo expresso dessa vez dois dois dois mil e lá vai cacetada, num mundo frutífero possível.
Gil se REfez, nós nos REfizemos, e sabemos que somente nos REfazendo será possível REcriar o homem.
Deus ou Darwin? Para nós não está em pauta quem nos criou, mas como poderemos recriá-los e nos aproximarmos dia pós dia, tarefa pós tarefa, do futuro possível, nosso Futurível.
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