Cigarras e Formigas no Festival Goma

bel magnani

PERTIM, PERTIM

Sexta-feira, dia 02 de dezembro de 2011.

As Cigarras e as Formigas devidamente dentro da caixa: todas de conchinha para caber mais. "Olha, Bel! Acho que já ta bom de fita na caixa, porque mesmo quando a gente joga, assim ó, pra cima e girando, ela não abre!" Depois do teste do João, eu e Ju partimos rumo à Uberlândia. Chegamos na cidade com o dia amanhecendo. O adesivo do FDE colado no carro não nos deixava dúvidas que nossa carona tinha chegado para nos levar à Casa Verde, sede do Goma Cultural! 

 

MERCADO MUNICIPAL

Sábado, 03 de dezembro de 2011.

Fomos para o Mercado Municipal, local dos shows. Lorraine, Ju e eu, ficamos cuidando da banquinha. Aproveitamos e fizemos uma prévia da intervenção: colocamos uma cigarra e uma formiga no palco e uma cigarra na banquinha.

ALGO SE REVELA

Os shows foram muito bons. É bem legal ver o público cantando junto, ver os artistas curtindo junto com a galera. Como ficamos a maior parte na banquinha, vimos o pessoal vir procurar material de cada banda antes mesmo que o show delas acabasse! Apesar do show do Graveola com participação do Porcas e Borboletas ter sido mais curto que o desejado, quando os caras sobem no palco, de fato, algo se revela! 

 

CIGARRAS E FORMIGAS

Domingo, 04 de dezembro de 2011.

O café da manhã muito bom, com direito à pão integral caseiro com um toque de mel por sugestão do Enzo. Cigarras e Formigas à bordo! Chegamos na praça Sérgio Pacheco. Muita gente, criança, família, cachorros. Eu a e Ju, devidamente uniformizadas com a camiseta do projeto, começamos a montagem. E rapinho os insetos gigantes ocuparam algumas árvores da praça!

Com as fábulas nas mãos, eu e Ju ficamos por perto das árvores. Percebemos que a abordagem silenciosa seria a mais eficiente. Colamos as fábulas nos troncos, com o recado de LEIA-ME, LEVE-ME e outras mais insinuantes como SOU SUA. Pouco a pouco, as fábulas foram sendo colhidas pelas pessoas. É muito legal ver a reação das pessoas quando elas se deparam com os insetos gigantes, muitas se surpreendem fazendo aquela típica cara de Ué. As crianças são sempre as mais mágicas e já querem colocar a mão e sair brincando. Os adultos sempre imprevisíveis também: ouvi por 3 vezes a pergunta de quanto que custava as cigarras.

A abordagem mais significativa foi de um senhor que vendia refrigerantes e água. Perguntou da onde que tinha vindo aquilo tudo. É da sua cabeça? Sim, senhor, veio tudo da minha cabeça! Nossa, mas que coisa mais bonita, diferente né? E nos convidou para tomar uma coca lá no carrinho dele, umas 2 árvores mais para frente. Combinamos de ir mais tarde, afinal, estávamos sem dinheiro no bolso e com as cigarras para cuidar. Ele se afastou e 2 minutos depois aparece com duas latinhas de coca e canudinhos. Ficamos sem jeito, mas não aceitar seria muito mais mal educado. Se passou mais um tempo e depois ele me abordou de novo: O que você ganha fazendo isso? Você ganha alguma coisa? Momento propício para uma conversa com alto teor simbólico e filosófico, com todas as analogias e questões que concerne na própria intervenção! Pois, afinal, o que eu ganho com tudo isso?? Olhei para ele e com um sorriso disse que até então eu tinha ganhado uma coca bem gelada. Ele retribuiu meu sorriso e cada um seguiu com seu trabalho. A tarde seguiu assim, com os shows rolando, as pessoas curtindo o bom tempo... Ficamos de olho no relógio, afinal, partiríamos para Campinas naquela noite.

Fim dos shows! E fim do Festival! Mistura de alegria e tristeza ao mesmo tempo, que bom e que pena que acabou! Posamos para a foto da equipe do Festival, todos com um sorriso afivelado no rosto e leves olheiras denunciando o cansaço.

Eu e Ju recolhemos as cigarras e formigas e OPA! Não tinha uma formiga aqui? Tivemos uma baixa! Tomara que ela esteja bem (Se você tem notícias sobre ela, por favor nos mande imagens do novo lar dela! Como mães corujas, ficamos preocupadas com os filhos que partem para viverem suas próprias aventuras.) Todas de conchinha para dentro da caixa! Todas não, porque deixamos uma cigarra e uma formiga morando na Casa Verde. Aliás, eu achei um charme a sobreposição dos verdes! Coisas arrumadas, hora de partir! Vocês tem certeza que não querem ir amanhã? Dá tempo de trocar a passagem! Apesar da insistência do pessoal, resolvemos voltar. Partimos às 21h15 e chegamos às 4h10. Liguei para o Fedel que prontamente veio nos buscar com os olhinhos miudinhos de sono.

Saiba mais:

Site: http://ascigarraseformigas.wordpress.com/
Twitter: http://twitter.com/#!/cigarraeformiga
Facebook: http://www.facebook.com/CigarraseFormigas

Oficinas de Bonecos

Bél Magnani

Nesse fim de semana tive duas oportunidades de compartilhar meus conhecimentos com as pessoas. No sábado, acordei cedo para dar a primeira aula da Oficina de Bonecos e Jogos (inserida no projeto As Cigarras e as Formigas) lá na E.E. prof. Messias Gonçalves, em Campinas. O Gabriel Fedel (que não acordou tão cedo assim...) foi quem me levou, eu e as sacolas transbordantes de lixo.

Opa! Lixo não... são os materiais potencialmente transformáveis! Esse é o nome que eu e minha parceira de oficinas, a ajuntada Ruth Almeida, demos para aquelas coisas que já não são mais o que eram antes. Por exemplo, nessa aula, uma lixeira quebrada, junto com pedaços de caixa de ovo, mais barbante, tampinhas de garrafa de refrigerante, alguns amassados de jornal e muita fita crepe geraram um hipotótamo!

Não acredita? Pois temos imagens!

Mas vamos deixar para a imaginação de vocês para este momento, não vou queimar a largada e acabar com a supresa...

Nesse mesmo dia, no final da manhã e da oficina, entrou na escola 4 meninos do bairro. Foram chegando de mansinho, igual aos gatos que não querem dar bandeira quando querem se aproximar de alguém. Apesar de termos em nossas mãos, cheias de cola até o cotovelo, uma bela espécie de hipotótamo, quem chamou a atenção deles foram as nossas amigas Cigarras e Formigas, montadas no mesmo pátio em que estávamos. E essa foi a deixa para o approach, que rendeu a confecção de piãos de jornal além de mais 4 alunos para o próximo sábado!

No domingo, eu e o Fedel, colocamos novamente as sacolas com os materiais e os bonecos no carro e fomos rumo à Bragança Paulista, participar do Cardápio Underground! (não sabíamos muito bem como chegar e nem o local onde íamos, mas tínhamos a direção: o lado certo da rodovia Dom Pedro a pegar! o que aumenta muito a probabilidade de dar certo). A viagem foi tranquila, tirando uns caras-sangue-no-zóio-muito-loco ultrapassando erroneamente. Sem muitos outros sobressaltos, chegamos a Bragança e a indicação que tivemos foi a de pegar uma ladeira fenomenal, que dava a sensação de fazer o carro virar para trás! Por fim, encontramos os outros ajuntados no Espaço Sanso e logo menos os bonecos e os jogos já estavam a postos para começar a chamar a galera.

Novamente, o campeão foi o pião de jornal. Eu e o Fedel nos desdobramos para atender todas as crianças que queriam fazer os seus próprios. Enquanto rolava alguns shows, o ajuntado João Moreira, aproveitou os materiais potencialmente transformáveis e criou uma incrível guitarra para o nosso amigo ET! Agora, ela só precisa de acabamento e como dizem, já é!

 

Oficina de Bonecos e Jogos com Sucata

                                                                                                                                               bel magnani

Gostou dos bonitões?

Venha fazer a oficina e construa o seu próprio boneco!

As 3 aulas irão te ensinar a como construir Bonecos utilizando a técnica de Empapelamento e também a confeccionar Jogos, com a estrutura feita com os materiais potencialmente transformáveis: o nosso lixo reciclável descartado no dia-a-dia, como garrafas, potes, tampinhas, latas, caixas de ovo, papelão, entre outros. A montagem do personagem é livre e está intimamente ligada aos formatos e formas que as embalagens possuem e suas possíveis combinações. Pretende-se desenvolver a imaginação, as vontades e sentimentos . 

A construção de um personagem, suas características e personalidade, junto com as brincadeiras envolvem os participantes em atividades lúdicas e bastante importantes no que concerne o envolvimento com suas próprias habilidades e capacidades criativas.

A inscrição é gratuita! INSCREVA-SE AQUI

Oficina de Bonecos e Jogos com Sucata

25 vagas – a partir de 12 anosdias

29/10, 05/11 e 12/1

das 9h às 11h30

Local: E.E. Prof. Messias Gonçalves Teixeira

Rua Adão Gonçalves s/n, Padre Anchieta

Maiores informações: (19) 3395-6030

As Cigarras e as Formigas

O Ajuntaê mais uma vez colabora com a execução de um projeto que tem como princípio ajuntar diferentes linguagens. O projeto As Cigarras e as Formigas, desenvolvido pela ajuntada Bel Magnani, conta com artes visuais, literatura e música para promover uma intervenção artística itinerante. A moral da famosa fábula de La Fontaine foi o ponto de partida do objetivo da intervenção: gerar a discussão sobre o labor de um artista na atualidade.

Este projeto foi contemplado pelo edital FICC 2011 (Fundo de Inverstimentos Culturais de Campinas) e, agora, as cigarras e formigas podem cantar ainda mais e mais longe. A primeira exposição está sendo em Serrana-SP, junto ao Festival Caipiro Rock que acontece nesse fim de semana, dias 9 e 10 de julho.

O site do projeto ainda está em fase de construção, mas uma versão beta já está disponível.

http://www.ascigarraseformigas.wordpress.com/

Lá você pode conferir a nova fábula, algumas fotos e poder interagir deixando seu recado ou imagem!

Em breve teremos muitas fotos para compartilhar!

Quem disse que o Fora do Eixo é só música?

por Gabriel Fedel

Num processo com pouco planejamento, mas com muita vontade, o Coletivo Ajuntaê, recém aderido ponto Fora do Eixo, emplaca projetos de artes integradas na MOLA - Mostra Livre de Artes, que ocorre no Circo Voador - Rio de Janeiro/RJ. 

Desde as primeiras conversas que iniciaram o Ajuntaê, as artes integradas eram um tema de consenso. E como a idéia não é ficar só no discursSo, cá estamos nós aproveitando as deixas e nos empoderando! Dessa vez indo um pouco mais longe, nosso destino é o Rio de Janeiro, no lindo espaço do Circo Voador!

Graças a uma sugestão de nossa grande amiga Lua, da Ponte Plural, meio que no susto, alguns dos artistas do Ajuntaê inscreveram projetos para a Mostra Livre de Artes (MOLA). e os ventos cariocas trouxeram boas notícias, projetos aceitos!foram 2 projetos do Ajuntaê mais 1 de um grupo parceiro! São Eles: Cigarras, X! e Mó.

+Cigarras

Esboço da instalação cigarras - por Bel Magnani

 Podemos dizer que o projeto das cigarras veio de um sonho, literalmente! De um devaneio regado de cigarras nasceu uma instalação multi-linguagem.

Tal projeto é um resultado da vontade do Ajuntaê em trabalhar com as artes de maneira integrada. Somando artes visuais, literatura e música, temos uma instalação que questiona a diferenciação dos diferentes tipos de labor - braçal e artístico.

A instalação se compõe por reproduções de cigarras, que estarão espalhadas pela área do circo voador, uma versão adaptada da Fábula de La Fontaine ("A Formiga e a Cigarra"), e uma música criada para dar ambiência para essa instalação.

+X!

Foto de Floris Lee - por Ruth Almeida

Saindo da literatura, plástica e música, e indo para as cênicas e fotografia, o projeto X! também se materializa como um integrador de linguagens. Como seria a cobertura fotográfica de um evento realizada por um dupla de clowns? É o que os participantes da MOLA desse ano poderão conferir esse ano.

A companhia Vamulá! estará percorrendo o circo voador e registrando, segundo sua óptica, toda a agitação da MOLA no dia 29. E para complementar o trabalho, junto aos palhaços haverá a presença de um fotógrafo, que acompanhe toda a cena "na surdina" para fazer o registro do registro, sendo esse realizado de maneira não-palhaça, mas ainda assim artística, para que os olhares se enriqueçam e complementem-se entre si, retroativamente, em facilitações para o nosso entendimento do que é e pode ser a MOLA, a arte, a lógica, o enquadramento e o desenquadramento das coisas, do humano, de nós mesmos.

+Mó

Proposto pelo grupo "Mais um Grupo de Dança", Mó é pautado em estudos sobre o coletivo. se inicia com apenas um indivíduo, um banco, um foco e uma atmosfera tensa advinda do instrumento solitário. O segundo elemento entra e o questionamento se inicia. Um palco, dois indivíduos e dois delírios, dois universos que se encontram sem se fundir.

Um espetáculo de dança contemporânea, criado por dez estudantes do curso de dança da Unicamp, nascido através da observação, laborátorios e estudos sobre o coletivo. A participação dos músicos, que tocam ao vivo, potencializa o diálogo entre música e dança, gerando um espetáculo plástico que se adapta e se molda de acordo com o perfil do local onde se dará a intervenção, compreendendo local, não somente como espaço físico, mas também como um espaço vivo modificado pelas pessoas inseridas naquele contexto.

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Pra quem estiver pelo Rio de Janeiro entre os dias 27 e 30 não percam a MOLA, e confiram os trabalhos do Ajuntaê. Programação completa aqui: http://www.circovoador.com.br/mola/

E tamo juntos!