terça-feira, novembro 22, 2011

Tupiniquinagem no Indie Rock


Tá bom, o assunto nem é dos mais recentes, mas é bom não deixar morrer. O mês de novembro tá terminando, o que significa que efetivamente 2011 está chegando ao fim. É hora de começar a pensar nas coisas que aconteceram nesse ano e, no Brasil, praqueles que se deliciam com bandas que não costumam aparecer muito nos canais da TV aberta* todos os dias, um dos acontecimentos mais marcantes do ano foi a vinda dos nova-iorquinos do The Strokes ao Brasil.
Assim o considero porque, ao lado de muitos, sei a importância que eles tiveram na história do Rock e principalmente do indie rock. E a história não é marcada por aqueles que se mostraram os mais inovadores, mas sim por aqueles que souberam compilar bem um momento único de forma original.
Graças a toda influência que Is This It causou a todo o rock e principalmente ao indie rock mundial ao longo desses 10 anos (!), o pessoal do Rock’n Beats pediu a alguns músicos brasileiros que explicassem o que esse álbum significou para eles da forma como um músico se comunica melhor: musicalmente!
14 bandas foram convidadas para fazer uma releitura “à sua maneira” de cada faixa do CD original, mostrando ao mundo (sim, tem bastante gente ‘lá fora’ que já sabe desse disco daqui!) não só que o Brasil tem um entendimento muito particular e ainda assim bem elaborado sobre o trabalho feitos pelos icônicos The Strokes como também que sabem muito bem onde a influência dos caras está dentro de seu trabalho. E assim nasceu o Is This Indie.
Faixas encantadoras foram produzidas. Pra mim, a melhor ainda é “Hard to Explain”, feita pelos - já não tão sulistas - da Volantes, e que mostra bem sua cara mais etérea, cheia de reverbs e delays trazendo suas influências do fim dos anos 80 pra dentro da salada toda. Uma que gostei muito também foi a mais elogiada até então: “Barely Legal” na versão de Cícero, que inclusive estava em Campinas ao som de feijoada esse último final de semana.


Claro que eu não posso dizer que a versão de “Soma” ficou fodona, já que eu mesmo faço parte da João e os Poetas de Cabelo Soltos, né? Mas posso dizer que foi um orgulho ver um pouco de mim ali naquela coletânea.

E melhor ainda é poder comentá-la junto de quem a produziu. Experiência, talvez, mais enriquecedora do que “só compor” a sua própria versão. Depois de quebrar a cabeça é bom ver as soluções que as outras bandas acharam e ao conhecê-las pessoalmente em “rolês” que te mostram que apesar de você admirar muito elas, você está seguindo o mesmo caminho, partilhando do mesmo barco. Parabéns mais uma vez às bandas que fizeram parte disso tudo!

*não por preconceito a TV aberta, mas porque com o Indie Rock é assim - ou pelo menos era até os fãs dessa música editarem o Pânico na TV!

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